Inocência e Magia...ao Vento ou à Ventania...
Um dia perguntei ao vento: - Quem és tu, que me fazes mexer sem eu querer, que me baloiças no ar, forte, frio... quem és tu? Mas o vento não me respondeu, e eu fiquei triste com o vento. O vento apenas me mexeu, como se alguém me fizesse cósegas, movimento, sobre movimento... Estava forte nesse dia, quase que chamava ventania... Será que teria que perguntar à ventania e não ao vento?, pensei eu. Bem, vou experimentar..., quem és tu ventania?, sim tu que me mexes e me fazes sentir frio, que fazes o ar entrar e entrar dentro de mim... que me dificultas a respiração quando estou no alto de um monte... quem tu és? Esperei a resposta da ventania, mas também ela não me respondeu, e pronto, eu fiquei ainda mais triste... e fui andando... andando... andando... ao vento e à ventania, uma vez era o vento outra a ventania que me mexia, mexia... E nesse andar gelado, no movimento do vento, nesse tempo... não esquecia o que tinha perguntado... e perturbado..., naquele enigma concentrado... pensei para mim... como poderia eu querer conhecer quem era o vento que provocava aquele tormento, a ventania que tanto me mexia... se eu, eu que sou um peregrino da vida... eu próprio, eu mesmo, não sabia quem era...
A cada dia, a cada momento ou circustância,... cada ano que passa... surge uma mensagem, uma resposta insconsciente e presistente que a nossa consciência absorve. Cada um desses sinais acontece quando nos desprendemos de fazer perguntas, mas escutamos o nosso interior, alimentamos a nossa alma de inteligência e sabor... o vento é um movimento, a ventania uma sinfonia do vento... Para conhecer-mos o outro, ou aquilo, ou isto, em profundidade, teremos antes que nos conhecer a nós mesmos. Quando eu era criança vivia livre de emoção, desprendido ao vento... como um pássaro que voa, como um viajante que sonha... Se hoje, adulto, conseguir-mos transpor o tempo e viver a vida no caminho do sonho, com magia, fantasia, e nesse rumo de fumo reconhecer quem somos, o que somos e o que fazemos aqui, ali... Estamos caminhando seguros, com um coração cheio do mundo... construindo um caminho feliz...
2 Comments:
YUp, auto-conhecimento e paz interior, com isso e com muito amor pela vida, venham as tempestades, venham as solidões, venha a dor e todas as outras máscaras que temos de desvelar ao longo da nossa existência, pois sem Amor, de nada serve uma máscara, sem Amor, de nada serve dobrar o vento e conter a chuva, pois com quem se há-de partilhar a conquista, os sonhos, os dias...
amor huggies, mimos e muita alegria!!
Ricardo
Conhecermo-nos a nós mesmos é o mais difícil e o que mais tememos... não somos capazes de estar sozinhos, em silêncio, para nos concentrarmos apenas na luz que existe em nós e no nosso verdadeiro Eu (Deus é Luz - essa Luz existe em nós e não no que procuramos no "exterior").
Ao estarmos apenas na nossa companhia assola-nos a sombra de tudo o que somos, dos nossos medos. Temos medo de descobrir as nossas fraquezas.
Se ao invés disso as enfrentássemos, resolveríamos grande parte dos nossos problemas e consequentemente doenças. Estaríamos mais em Harmonia e Paz com o Mundo...
Poderíamos descobrir todas as nossas características boas, e melhorá-las. Análogamente ao descobrir as nossas características menos boas, poderíamos criar uma capacidade intrínseca de os ultrapassar sem a ajuda de médicos, psiquiatras e psicólogos.
Uma vez que a realidade não é de todo esta, as pessoas por mais que tentem conhecer os outros e o que as rodeia, vão estar sempre limitadas porque vão criando esteriótipos e falsos juizos dos outros.
Beijo mt gd c mts sau//s...
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