Eléctrico de Lisboa
Era manhã de um dia quente de Agosto. A cidade tinha acordado de mansinho, sentindo o respirar de uma brisa suave que escorria pela colina. Outros montes e vales já passara até naquele local permanecer parado. Atingia naquele instante mais um momento errante, uma secreta nostalgia que se cerca a cada poisar repentino. Pessoas que circulam..., umas entram, outras saiem... circuitos de pessoas que se cruzam... outras ainda permanecem à janela deixando-se sentir aquele ar movido pelo andamento... respirando a frescura dos locais por onde se deixa caminhar... Hoje já não seria o mesmo sentir de outros tempos. Marca-lhe o peso dos anos, carregado de um fado destino que nos faz viajar por uma Lisboa de memórias, por um rosário de amores que se descobrem e se revelam assim, num caminho de ruas estreitas, apertadas, colmatadas... Lisboa de mil amores, secretos, ocultos, discretos... que viajam na brisa do tempo... que seguem aquele eléctrico andante que na cidade se intrepõe...
4 Comments:
Muitas voltas dei eu nesse 28...que lindo é serpentar por Lisboa ;)
Ainda hoje dei por mim as voltas num velho electrico. Sem me dar conta, o pensamento voou e fiquei a imaginar as mil historias que ele teria para contar. O electrico e para os alfaçinhas como o velho brinquedo, por mais, que apareçam mais sofisticados este terá sempre um lugar no nosso coração.
As saudades de lisboa sao muitas e não deixei de ter uma lágrima ao ler estas palavras. O texto está lindíssimo. E para quem está longe... a minha lisboa do meu amor...
Pedro Eleutério
hoje mesmo ainda nado na carreira do electrico 28 pois moro bem perto do percuso que ele percorre , que boas recordaçoes
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