Wednesday, October 10, 2007

"Castanhos, amarelos, vermelhos..."

No limite da sensibilidade escorre atenta e indelével a sensação do poetizar permanente,
a angustia irresistível que seca os poros do humano insensato, e apenas uma asa escorre ligeira no segmento transparente da metáfora ambígua que aflora em supramos lençóis de água na lembrança do outrora.... Saboreio a entoação das palavras rudes no proliferar dos campos de girasóis onde atenta se deixa dirigir a voz de uma razão incontestável, a voz de uma epopeia de mil sentidos, que se deixam encontrar em esquinas ou escadas de caracol. Tu vagueias tão perto e tão longe, deixas-te apenas guiar por um sorriso abraçado nas palmas do vento, em corolários ouvidos no escutar daquele amanhecer onde castanhos, amarelos, vermelhos se encontram, se misturam... gemem o Outono do tempo... E tu, com lágrimas secas esboças suave teu sorriso, encantas ligeira a sensação corrente..., esse teu sentido abstracto de cultivar a magia em cada instante, a emoção libertada na planície desse vale tão grande, secreto, nesse Outono ligeiro... correcto...!