Friday, January 26, 2007

O Tempo Parou...


Weymouth, originally uploaded by portuguesethinker.


O tempo parou... parou a agonia que dilacerava a cólera.... parou o preconceito infinito que as cidades não veem.... parou a secreta escuridão deixada pelo afastar do sol.... o tempo parou... agora apenas sentia aquele cheiro a peixe fresco, aquele cheiro a óleo queimado de barcos em movimento, de pessoas que cruzam o tempo num espaço, noutro momento,... sentia com mestria os ventos do norte, sentia a reflecção das cores em versos de poesia,... O tempo tinha parado, e com ele tinha parado qualquer movimento..., Permaneciam perante mim todo um conjunto de flutuantes estátuas, como se agarrasse um espetáculo de múmias em exercício de mímica permanente... os meus olhos caiam sobre estáticos pássaros voadores, sobre serpentes sensações ancoradas numa vida que não se deixava chamar sua, nem de ninguém... A vida secreta escondida revelava-se perante a desdida nostálgica sem ritmo ou melodia... Oh tempo que paras em redor de mim, abraça-me em pensamento livre, liberto aos céus, aberto às águas que paradas escorreram outrora num rio, como uma pausa sem limite... Mas.... porque parou o tempo, essa sombra no movimento, esse olhar para trás....? O tempo parou, parou, parou.... até ao infinito do todo existente!

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Friday, January 19, 2007

Ondas


Portland Bill, England, originally uploaded by portuguesethinker.

Escorria serena a brisa fresca, insistia em se fazer sentir ali presente, onda que vai, onda que vem.... e o caminho encontrava as marés salgadas que se faziam explodir em brilhantes ondas de espuma densa e fria... os pés deixavam-se agora conduzir perante aquele cascalho pesado e duro interposto à natureza pura.... Escorria suave, tranquilamente... aquela brisa... um transpirar de cores de uma estação que já não existia, um libertar de horizontes camuflados em agonia interna, uma magia que se iluminava perante o cheiro daquela intensa maresia... onda que vai, onda que fica... e a paz fervilhava como um libertar imenso de uma energia pesada... os passos guiavam-se a si mesmos perante aquela baia de espuma branca, uma miragem era esquecida, apenas ao fundo um manto verde se deixava antever naquele prisma... Agora o mar salgado deixava estacionado aquele barco de histórias, e deixava-nos respirar aqueles sentidos a cada passo secreto.... onda que vai, onda que fica!

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Monday, January 15, 2007

Magia de Inverno

Tuesday, January 09, 2007

no caminho...

No caminho secreto afunilava de mensagens os pensamentos nocturnos, e de dia a minha imagem escorria como uma serpente que vagueava por desertos que já não reconhecia como meus. Este era afinal o principio de uma expansão que se superava em valer na missão de dias de vida que o céu me fazia sentir. Por esse silêncio me deixei caminhar... escultando e sentindo cada metáfora presente... A vida ofereçe-nos sinais, o tempo passagens dispersas... Há que reconhecer os seus ligantes distraidos, o brilho da mensagem que nos envolve a cada um desses mágicos do tempo... evoltos em movimento, energias, sorrisos...