Friday, August 25, 2006
Wednesday, August 23, 2006
De que (lhe) Servia...
Azul...
Sunday, August 20, 2006
Caminhando de Pés Descalços...
Friday, August 18, 2006
Não, não sei...
Não..., não sei ao certo...
o que faço neste momento concreto...
onde tudo é desdida...
onde tudo em ti é vida...
Hoje..., já não consigo...
mais fugir ..., apenas olhar...
nesse caminho,.... incerto ...
onde eu sei que caminhas...
onde o vento te escorre na face...
onde as lágrimas enchem os olhos...
Não...!, não, não sei...!
Não sei ao certo...
o que faço neste deserto...
onde abraço os dias na solidão...
Não...!, não, não sei...!
o porquê das coisas...
da vida...
desta sinfonia das palavras...
que quero ouvir mas que não ouço...
pois estou tão longe...
tão longe e tão perto,
desse teu sentido profundo...
onde juntos tu e eu,
juntos..., eu e tu, abracámos a vida...
numa floresta perdida...
num mar não sonhado...
em cima de um monte acordado...
onde um dia abraçamos a esperança
do reencontro desse amor...
desse amor que é vida...
vida após vida...
morte, vida..., vida, vida...
um existir dentro um do outro...
um saber viver esse momento,
esse sumo, alento...
que fomos tu e eu,... eu e tu...
apenas nós dois...
Não..., não sei ao certo...
o que faço neste momento concreto...
onde tudo é desdida...
onde tudo em ti é vida...
Wednesday, August 16, 2006
Lá Fora...
lá fora agora já não cai a chuva..., apenas escorrem lágrimas na superfície verde das folhas... agora o vazio encontrou o alimento... esse sentimento que cobre de vontade o ser... que alimenta a alma de verdade e sacia a sede numa fonte de nova vida... agora já se respira a pureza dum ar limpo e fresco... já se sente um bater de coração acelerado, completo, emocionado... onde a vida se preenche com essa luz que cintila acesa, na poesia da sinfonia... não se sussurra nem se descreve,... apenas se vive e se liberta.... Amor, Amor...Amor...
Ao Fundo a Magia

Trinity College, Cambridge, United Kingdom, August 2006
Encontrei ao fundo a magia
Uma tranquilidade serena
numa miaragem de fantasia...
Parecia abraçar os antepassados ocultos
num caminhar longuínquo pelos tempos
perante sombras e medos absolutos
Andei por corredores escuros,
percorri uma atmosfera pesada, obscura, negra...
esconderigos não revelados,
momentos não encontrados,
transportando uma energia arrepiante
um frio denso, com vida escondida...
E por eles caminhei e percorri...
E nesse caminhar olhei ao fundo a esperança...
um ponto de luz cintilante, brilhante, de cor...
que me transportava para fora das trevas escuras,
uma corrente de libertação segura,
onde me fixei até sair
Ao fundo a magia!
Doce verde de harmonia,
fragilidade, fantasia, luxúria, claridade...
Agora encontrava mais energia
agitei a alma nessa sinfonia
e nela mergulhei até ser dia....
Tuesday, August 15, 2006
O Poder das Palavras
Monday, August 14, 2006
Lisboa...

Lisboa, abraça-me!
Enche-me desse rio que te pertence e te coroa entre montes e vales,
esquinas e becos, praças e jardins...
Envolve-me nos teus bairros dos tempos antigos...

Lisboa...
Deixa-me seguir essa miragem que atravessa apoteótica o rio...
Numa ponte que um dia se chamou salazar...
Agora tomou de nome Abril,
o símbolo da liberdade...

Lisboa...
Deixa-me no teu Tejo seguir...
seguir sem destino definido...
apenas seguir...
nesse cacilheiro que emerge ao fundo nas tuas águas...

Lisboa...
deixa-me respirar esse ar no topo do teu castelo...
absorver os perfumes que as tuas árvores me oferecem...
Que saudades que tenho de Lisboa!
Lembrar Lisboa é como sonhar acordado...
Ancorar de magia o meu âmago...
Um horizonte de colinas e vales que se serpenteiam
num sol que te aquece e ilumina as gentes que por ela caminham...
Lisboa de mil amores...
Lisboa, minha Lisboa...
Lisboa...
Lisboa, Portugal, August 2005
De Olhos Fechados...
É dificil reconhecer o que se vê quando a escala se reduz..., quando o tempo passa e a lembrança evapora nos subúrbios da mente... Será apenas porque nos preocupamos em desenvolver demasiado a memória das palavras e esquecemos de construir uma caixa de imagens no nosso interior?... Será antes porque depressa fechamos os olhos para tudo o que nos rodeia?... Ou não queremos ver?! ... Ou não queremos lembrar?! ...Ou não queremos saber?!... Não sei! Não sei o que será...! Mas penso que é um fenómeno do tempo, um esgotamento lento da mente que se corrói com a moderna sociedade que construirmos... com ela descobrimos o micro e o nano, mas também passámos a fechar os olhos e não ver... corremos pelo mundo pensando na liberdade,... corremos..., corremos... pela vida corremos querendo ser livres, como pássaros que voam por uma atmosfera densa..., como peixes que desafiam os oceanos profundos... espaços onde o homem não chega...! Mas vivemos na prisão do tempo que destruirmos na agitação do dia, que se transforma em noite fria... E perante o absoluto espaço infinito que nos rodeia... . vivemos de olhos fechados, aprisionados no olhar das grandes coisas, na amnésia do olhar as pequenas... Vivemos numa prisão indecifrável, fechados em portas sem chave, que nem a corrosão dos dias as fazem abrir... apenas o infinito nos reserva uma esperança, uma vontade de mudança...
Saturday, August 12, 2006
Perspectiva
Cambridge, United Kingdom, August 2006
Há momentos que comparo a vida a um quadro sintético... algo fixo, imutável, nada ao qual se possa fugir,... Um destino determinado, uma sina escondida que os olhos não veem e se vai revelando, revelando... traduzindo-se no tempo que escorre, emergindo nos dias que passam e não voltam,.... Comparo-a a um arco bem desenhado, uma perspectiva imaginada, uma geometria conhecida... mas genéricamente diferente, com sombras ocultas, com uma dimensão incerta, um caminho escondido por detrás de outro arco que o olhar cruza em si... Seria estranho se tudo fosse tão simples... ou tão complexo... não sei! A incerteza comanda o pensamento do ser que se debruça sobre os desafios do oculto existir, da existência pura, da vida na sua essência desnuda... Mas perante o argumento do traço defenido, este depressa parece se desfazer como o arco sem tratamento se defaz no tempo... cada mimímetro é imperfeito, cada centímetro se corrói na erosão diária, como um momento do viver sentido...
A vida é tão complexa e tão distinta em opções, escolhas, sentidos, sensações,... que,... como este espectro fotografado se desfaz em imperfeições, se corrompe em luz de sombra escura, se esvazia e se enche de magia que se cria e se desfaz... É a vida! O encanto da arte subjectiva, o alimento num sopro momento...simplesmente a existência traçada na perspectiva vivida!
Friday, August 11, 2006
E Senti...

Jardim Amália Rodrigues, Lisboa, June 2006
... E senti o respirar neste manto de paz que o meu coração alimentou...
E senti a tranquilidade da água viva que escorre por este ribeiro...
E senti o vento corroer a saudade dessa ausência...
E senti...
Senti uma primavera viva em mim... de cheiros, de cores, de luz... e luz...
Senti que estavas agora aqui...
Senti uma magia pronfunda e eterna
Senti...
E senti...
Thursday, August 10, 2006
Ode ao Mar

Cabo Espichel, Sesimbra, July 2004
Oh mar salgado por mim amado!...
gravitas num horizante agora distante...
alimentas a saudade dos tempos dentro de mim
contróis a esperança nesse horizonte lingínquo...
que em ati avisto, por ti precisto...
fazes-me sentir vivo nesse brilhante sol que pousa em ti...
nessa claridade que cintila nas tuas águas
Oh mar salgado...!
és sede profunda em mim sentida
és fonte de razão, és fonte de vida
Oh mar salgado!...
onde andas tu, por que caminhos viajas?
de ti preciso, por ti navego nos dias de solidão!
Oh mar salgado!...
alimentas-te de rios...
agistas as tuas águas ao sabor de uma lua
às vezes presente no meu olhar,
outras dele ausente,
mas sempre presente em ti.
Tu! Mar salgado!...
és luz do amor que nasce em mim!
Wednesday, August 09, 2006
Metafora do Escuro
Tuesday, August 08, 2006
Temporada de Patos
caminhando pela vida, um sonho, um desafio...
respirando um mergulho de saudade...
caminhando pela vida, uma sinfonia de espaço e tempo...
sacudindo o bico com salpicos de liberdade...
voando sobre as águas, bate forte com vendo ligeiro...
Patos, Jardim Amália Rodrigues, Lisboa, June 2006
Patos que mergulham, patos que contagiam o olhar ingénuo de uma criança que sonha.... São patos, uns no lago de um jardim, outros que voam alto procurando um lugar seguro... A necessidade comanda o momento, e em certos instantes momentos patos caminham por ventos migratórios... não significa que ao esvoaçar e salpicar de gotas a criança que debruça esse olhar tranquilo... não significa que seja um mau pato... apenas a sua natureza de pato o faz ser pato e pato assim... voando por outras águas caminham como patos..., procuram climas quentes, caminham omnipotentes... são simplesmente patos!
Monday, August 07, 2006
Toca o Sino na Aldeia...

Taizé, Abril 2004
Uma agitação multicultural cercava aquele ambiente... salpicos de linguagem ao sabor do caminhar... Um tirbilhão de emoções sentidas envolvia a atmosfera daquele espaço brilhante.... sentia-se o calor da energia humana... o movimento, o movimento... cores... magia... harmonia... e uma sinfonia de passos... Naquele momento os sinos começaram a vibrar! Um silêncio absoluto e êtero inundou toda a aldeia, apenas se ouvia o tilm tão... tlim tlão... tlim tlão... um silêncio profundo, uma calma intensa, um respirar magia... toca o sino na aldeia... toca o sino na aldeia... sentindo aquela egemonia vibrante ao sabor da plateia!
Há Pessoas...
Ao Fundo o Céu
Cranfield, August 2006
Entre as escarpas do verde ligeiro caminhei até cair
e nesse manto encontrei o silêncio da sua expressão...
nele naveguei, um sono profundo abracei...
nele respirei paz, uma primavera de perfumes...
nele escutei o brilho fresco dos entes ali existentes...
senti a agonia na ausência da sua magia...
e entre ansiedade e coragem desafiei o céu
levantei asas e voei...
e nesse branco, cinzento, azul....
o abracei em nuvens de algodão ancorado...
um anjo secreto, oculto, distante...
nesse céu juntos nos libertamos da pressão da ausência vivida,
no sol posto caminhamos,
na madrugada não mais nos separamos
acreditamos na magia das estrelas
e nelas acordamos a manhã.
Wednesday, August 02, 2006
Amigos...
Tuesday, August 01, 2006
Viajante dos Mares
Vem agora aqui, vem agora aqui...
Vem, vem encontrar-me...
Vem agora aqui, vem agora aqui...
Vem, vem encontrar-me...
No teu olhar secreto,
Encontro, eu a palavra...
Nesse teu olhar,
Que olho longe, apenas vejo o mar
O sonho de uma onda
Que naufraga perdida na água,
na água...
na água deste hemisfério
Vem agora aqui, vem agora aqui...
Aqui... perto de mim...
Aqui perto de mim!
Deixa-me voar até esse teu mar
Deixa-me acreditar que um dia..
Esse oceano, eu habitarei
E nele juntos encontraremos um porto seguro qualquer
Onde Deus nos embala no seu ninho de Amor
Vem agora aqui, vem agora aqui...
Aqui perto de mim,
Aqui neste oceano onde eu ando perdido...
No Lago...

Flamingos, London zoo, July 2006
Núvem

Cranfield University, July 2006
Árvore

Cranfield University, July 2006
Verde manto ao fundo num estreito tronco presente,
és filtro da harmonia segura,
que a um longuínquo caminho se alia,
emerge de ti para ti,
fortificando a tua mágica egemonia
Abanas-te ao sabor das nuvens,
chamas a tempestade a ti
como um movimento de fresquidão
que a secura um dia ocupou
Ultrapassas o tempo e as humanas vidas
centenária te contróis
milenar te alicerças
és macia nos teus rebentos
forte, maçica, dura...
Na tua postura
Árvore, és vida!
Representas o expoente da existência,
um tronco que é o corpo vivo
ramos que são os caminhos...
ramos e ramos...caminhos....
seguros, inseguros...
fortes e fracos...
longos e curtos...
És tudo isso!
Nalguns deles encontramos o teu fruto,
como um sinal que nos ilumina
como uma luz que sobre nós se foca!
Árvore da vida, Árvore de luz!!!
Verde, castanha, multicor...
És a vida em flor, o ar puro em ti filtrado...
A cada abraço que dou,
sinto o distante ser que um dia me abraçou.